Hélio dos Anjos revela em entrevista que Paysandu optou por não realizar um acordo

O ex-treinador do Paysandu, Hélio dos Anjos, venceu na Justiça uma ação movida contra o clube referente à sua rescisão contratual. A decisão obriga o Papão a pagar uma indenização milionária ao técnico, que teve passagem marcante pelo clube.

Em entrevista no canal da jornalista Ana Lívia Dias, Hélio comentou sobre o caso e revelou que o Paysandu optou por não realizar um acordo, levando a disputa para os tribunais.

“Eu posso, posso comentar. Eu não comentei com ninguém, mas não vou deixar de comentar. É muito simples: nós fomos demitidos. O clube tinha que me pagar. Nós tentamos um acordo, não é isso? Um acordo em vários meses, seria parcelado. E o clube, orientado pelo advogado principal deles, chefe do departamento jurídico, que parece que hoje é até vice-presidente do clube, orientou a não me pagar e deixar acontecer na Justiça.”

Confira a entrevista completa:

A decisão da Justiça reforça a obrigatoriedade do Paysandu em cumprir com suas obrigações trabalhistas. A diretoria do clube ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. Resta saber como o Papão lidará com essa nova dívida em meio aos desafios financeiros da temporada.

Entenda o caso Paysandu x Hélio do Anjos:

Após sua saída do comando técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos ingressou com uma ação judicial cobrando aproximadamente R$ 2,6 milhões. Esse montante incluía salários atrasados, premiações não pagas, verbas rescisórias, direitos de imagem e reembolsos de passagens aéreas. Inicialmente, o treinador tentou um acordo extrajudicial no valor de R$ 1,3 milhão, porém as negociações não avançaram devido à orientação do Departamento Jurídico do clube, então liderado pelo advogado Márcio Tuma, atualmente vice-presidente do Paysandu.

A falta de acordo levou o caso aos tribunais, resultando na condenação do Paysandu a pagar aproximadamente R$ 2.075.000,00 ao treinador. Além disso, Hélio dos Anjos também obteve uma decisão favorável em outra ação judicial contra o ex-executivo de futebol do clube, Ari Barros, com quem teve desentendimentos que culminaram na saída de ambos do Paysandu.

O Paysandu ainda pode recorrer da decisão na tentativa de reverter ou reduzir o valor da indenização. Este caso serve como um alerta para a importância da gestão adequada de contratos e compromissos trabalhistas por parte das diretorias dos clubes de futebol.

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