Ex-presidente do Paysandu e atual presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul voltou a ser destaque nacional nesta semana, após rebater duramente uma reportagem da revista Piauí. A matéria acusava a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de favorecimentos políticos, salários milionários e gastos exagerados — o que, segundo Gluck Paul, não passa de uma tentativa de tumultuar o processo eleitoral da entidade.
Presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul. (Foto: Ivan Duarte)
O dirigente paraense, que comandou o Paysandu no biênio de 2019-2020, foi citado entre os presidentes de federações que supostamente receberiam salários acima de R$ 200 mil mensais. Ele não deixou barato:
“Não recebo nem perto disso. Esse valor foi inventado e já havia sido usado em 2022. Estão tentando criar confusão onde não há”, disse Ricardo.
A eleição de Ednaldo Rodrigues para mais um mandato à frente da CBF foi feita por aclamação, com o apoio unânime de federações e clubes das Séries A e B. Para Gluck Paul, esse movimento foi necessário para devolver a estabilidade ao futebol brasileiro, após anos de crises e trocas turbulentas no comando da entidade.
“A CBF viveu tempos de instabilidade, com denúncias, trocas de presidente e até ações da polícia. Essa aclamação foi uma escolha consciente de todos para pacificar e reconstruir. Não houve compra de votos, como insinuam por aí”, afirmou.
Gluck Paul também criticou o tom de parte da imprensa e de comentaristas como Paulo Vinícius Coelho (PVC), que questionaram dirigentes por cobrarem arbitragem mesmo após apoiarem Ednaldo. Para o ex-presidente bicolor, apoiar não significa se calar:
“Votei, apoiei, mas isso não me impede de fiscalizar. A torcida do Paysandu, por exemplo, sempre cobra, mesmo apoiando. Isso é democracia, no futebol e na vida.”
(Foto: Jorge Luís Totti)
Com forte histórico no futebol paraense e com raízes no Paysandu, Ricardo Gluck Paul segue sendo uma figura de peso nos bastidores do esporte nacional. E mesmo longe da Curuzu, ele continua envolvido nas decisões que afetam diretamente o destino do futebol brasileiro — inclusive o do nosso Papão.
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Por: Diego Cuimar
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