CBF faz pedido inusitado e Paysandu entra em alerta na Série B

Uma movimentação curiosa da CBF chamou a atenção dos clubes da Série B — inclusive do Paysandu. Na última sexta-feira (11), a Confederação Brasileira de Futebol enviou um ofício pedindo que os dirigentes dos 20 clubes da Série B encaminhem todos os contratos firmados com emissoras de televisão para a temporada 2025.

O pedido inédito gerou surpresa e, nos bastidores, foi visto como uma possível tentativa de retaliação por parte da entidade, após a série de críticas feitas à atual gestão do presidente Ednaldo Rodrigues.

Situação do Paysandu é ainda mais delicada

O Paysandu, que faz parte do bloco da Libra, diferente da maioria dos clubes da Série B, já vinha enfrentando dificuldades por conta da distribuição das cotas de TV. Em 2024, o clube receberia cerca de R$ 35 milhões como parte do contrato da Libra com a Globo, mas o valor foi drasticamente reduzido para R$ 4,4 milhões após a saída de diversos clubes do bloco.

Agora, com esse novo movimento da CBF, a diretoria bicolor está em alerta. A preocupação é que a entidade esteja buscando formas de interferir nas negociações entre clubes e emissoras ou mesmo criar obstáculos para quem optou por modelos de negociação fora do padrão tradicional.

Clima de desconfiança

Dirigentes de diversos clubes classificaram o pedido da CBF como “estranho” e questionam a motivação real da solicitação. Alguns avaliam que a entidade estaria tentando obter mais controle sobre os acordos de transmissão, algo que poderia impactar diretamente clubes como o Paysandu, que hoje buscam alternativas para melhorar sua receita com direitos de imagem.

E agora?

O pedido da CBF ainda não tem consequências práticas, mas acende um alerta importante. Com a Série B se tornando cada vez mais disputada dentro e fora de campo, os clubes precisam estar atentos não apenas ao desempenho esportivo, mas também às movimentações políticas e comerciais que envolvem os bastidores da competição.

O Paysandu, que voltou à Série B com o objetivo de se manter e crescer financeiramente, terá que equilibrar a gestão dentro de campo com decisões estratégicas fora dele. E nesse cenário, transparência e autonomia continuam sendo palavras-chave.

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