Maurício Ettinger, Foto: Jonh Wesley / Paysandu SC

Ex-presidente do Paysandu Maurício Ettinger dá declaração bombástica: “Negociou o bicho…”

A crise do Paysandu vai além do que a torcida possa imaginar, durante uma entrevista à Rádio Super Marajoara, Maurício Ettinger, ex-presidente e atual colaborador, informou que o clube desembolsou aproximadamente R$ 2,6 milhões em “bichos” prêmios por vitórias e metas atingidas ao longo da temporada 2024.

Foto: | Jorge Luís Totti / Paysandu



De acordo com Ettinger, o valor foi consequência de compromissos assumidos com o time durante as últimas partidas da Série B do Campeonato Brasileiro do ano anterior, período em que o clube ainda batalhava para não ser rebaixado, mas conseguiu evitar a queda. O mandatário comentou sobre as promessas de bicho.

No futebol, o termo “bicho” designa uma recompensa monetária concedida a jogadores e comissão técnica em troca de resultados favoráveis, como vitórias ou conquistas significativas.

Presidente do Paysandu Roger Aguilera | Jorge Luis Totti
Presidente do Paysandu Roger Aguilera | Jorge Luis Totti

“Não lembro direito. Teve um episódio em que eu estava viajando e o Roger (vice na época) negociou o bicho. Quando cheguei, fiquei assustado. Mas falei ‘é isso, tem que ser’. Prometemos dar R$ 400 mil por jogo e mais um milhão pela permanência. Deu R$ 2,6 milhões. Acho que ganhamos quatro jogos. Teve um que estávamos empatando e o Quintana marcou no final. Acho que nestes últimos quatro jogos e mais a permanência, foi algo em torno de R$ 2,6 milhões”, destacou.



Durante a temporada, o clube trocou de treinador quatro vezes e enfrentou um elenco reduzido por grande parte do ano, o que resultou em um elevado número de lesões. Com apenas oito rodadas restantes, a esperança ainda persiste dentro do clube, porém, de acordo com Ettinger, ainda não há garantias de novos bichos iguais em 2024.

Ex- Presidente do Paysandu Maurício Ettinger | Reprodução: Papão Tv

“A gente não adiantou cotas da CBF, de jogos, televisão. Se não me engano, foi uma cota da Libra. Lógico que faz falta na frente, mas era uma necessidade que tínhamos naquela hora. Por exemplo, ano passado tinha uma cota da Copa do Brasil (2025), onde fomos campeões da Copa Verde (2024) e íamos receber em abril R$ 2,6 milhões, que recebemos esse ano. O certo era adiantar essa, pois fazia parte da gente (gestão), mas não dava. Adiantamos, se não me engano, uma parte da Libra”, ressaltou.



O ex-dirigente esclareceu que uma parte do montante foi viabilizada por meio do adiantamento das cotas de 2025, embora não tenha especificado os valores. Para muitos, isso pode acarretar problemas no futuro, mas foi considerado um ‘mal necessário’ na época.

“Todos sempre fazem uma arrecadação para vitória, empate fora. Quem pode dar, dá. Esse ano ainda não teve um chamamento do Roger para darmos para o pessoal (jogadores). Mas com certeza ainda deve ter. Quem dera que a situação fosse igual à do ano passado. Vamos nos juntar de novo, ir atrás, fazer campanha na rua, com o torcedor que nunca falha”, concluiu.