Planejamento desastroso: Paysandu paga caro por erros da diretoria em 2025

Se, no primeiro turno da Série B do Brasileiro, o torcedor do Paysandu experimentou o gosto amargo da participação do time no campeonato, no segundo turno a situação está sendo ainda pior. O Papão acumulou 10 pontos nas 13 primeiras rodadas do torneio. No returno, considerando o mesmo número de jogos até a 32ª rodada, o time conquistou apenas 6 pontos dos 39 em disputa.

(Foto: Silvio Garrido)

Considerando o restante do primeiro turno, o Paysandu acumulou 26 pontos e, com isso, conquistou a indesejada lanterna da Segundona. Dessa forma, as chances de evitar a queda para a Série C de 2026 são praticamente inexistentes. Aliás, os torcedores já admitiram o rebaixamento. Até o momento na Série B, o Papão contabiliza 5 vitórias, 11 empates e 16 derrotas. Isso sob a direção de três treinadores.

Dentre eles, há o santista Claudinei Oliveira, que permaneceu 9 jogos invicto no cargo. No total, o ex-treinador comandou a equipe em 14 jogos, conquistando 4 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Esse histórico rendeu 17 pontos ao Papão. Luizinho Lopes ocupou o cargo anteriormente, dirigindo o Papão em 10 partidas, sem conquistar nenhuma vitória. Houve 4 empates e 6 derrotas, totalizando apenas 4 pontos. Atualmente, Márcio Fernandes tem um histórico de 7 jogos, com 1 vitória, 2 empates e 4 derrotas, totalizando 5 pontos.

Único treinador nesta temporada a derrotar o Alviverde dentro de casa (Jorge Luís Totti/Paysandu)

Além dos treinadores oficiais, o Papão contou com a presença do ex-auxiliar permanente do clube, Carlos Forner, à beira do gramado durante a derrota em Cuiabá, contra o adversário de mesmo nome. Essa partida ocorreu antes da confirmação de Claudinei Oliveira como treinador do time. Até o momento, o Paysandu tem uma média de um treinador a cada oito rodadas do campeonato. Esse acontecimento evidencia a falta de planejamento da diretoria para a disputa da competição mais relevante do calendário do clube.

Da mesma forma que a mudança de treinador foi frequente, a entrada e saída de novos jogadores, alguns comprovadamente incapazes de representar o clube, ocorreram em massa. Nas recentes tentativas de reforçar o time e evitar a queda para a Terceirona, a diretoria, movida pelo desespero, fez apostas que estavam fadadas ao fracasso. Trouxeram jogadores provenientes de clubes que participaram da Série C e até da D, a última divisão do Campeonato Brasileiro.

Paysandu enfrenta crise sem fim e se aproxima do rebaixamento na Série B | (Matheus Vieira/ascom Paysandu)

Atletas que chegaram à Curuzu como justificativa para o torcedor, o que é conhecido como contratar por contratar. Um exemplo dessa situação é o caso do atacante João Marcos, oriundo da Aparecidense-GO, time que foi eliminado na D. Ele esteve em campo pelo clube por apenas 26 minutos na derrota por 1 a 0 contra o Goiás-GO. Na mesma linha, todos os outros contratados da mesma leva.