Presidente bicolor já diz pensar em 2026 | Jorge Luís Totti / Paysandu

Presidente do Paysandu defende SAF após temporada dramática: “A situação…”

Em uma participação no canal do YouTube Fala Abner!, o presidente do Paysandu, Roger Aguilera, expressou suas preocupações sobre a situação atual do clube e declarou que o modelo de gestão do time bicolor não é mais eficaz, destacando a importância de implementar um modelo de SAF. Ele mencionou como exemplos o Bahia, que foi comprado pelo Grupo City, e o Botafogo, adquirido pelo americano John Textor, destacando as mudanças que esses times sofreram após a implementação do modelo de SAF.

Roger Aguilera desabafou sobre o atual momento do clube e afirmou que o modelo de gestão do time bicolor não dá mais certo (Matheus Vieira/Paysandu)

“O Paysandu tem que fazer uma SAF. A gente vai continuar nesse modelo de gestão que a gente sabe que não vai dar certo. Precisamos achar um grupo sério: olha o Bahia, cara, todo ano era a mesma história e hoje é outro patamar. O Botafogo, que é um time tradicional, ninguém imaginava que iria ganhar um Brasileiro e uma Libertadores no mesmo ano”, disse Roger.

Roger também comentou sobre a dificuldade desta edição da Série B e compartilhou quais foram os principais obstáculos que enfrentou durante seu primeiro ano à frente do Paysandu. O presidente declarou que seguir a determinação do ex-diretor de futebol, Felipe Albuquerque, de formar um time reduzido, acabou prejudicando o Papão. Ademais, afirmou que as dívidas deixadas pela administração de Mauricio Ettinger afetaram o orçamento da equipe para o ano de 2025.

“É uma Série B muito nivelada, mediana, e era um ano em que até poderíamos brigar por mais. Eu acho que o elenco enxuto pesou muito também. No início do ano, você pode ver que muitos jogadores saíram. Estava num momento de indefinição e muitos não queriam vir. Porque a situação financeira é complicada e o torcedor tem o direito de cobrar sempre. Mesmo sendo a maior arrecadação da história, o clube teve um déficit muito grande. A maior parte dessa arrecadação já estava comprometida por causa do ano passado. Coisa de R$ 20 milhões arrecadados foram usados para pagar contas de 2024.”

O dirigente informou que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Paysandu foi estimada em R$ 300 milhões, quantia que leva em conta somente o setor de futebol. Essa análise se deve ao fato de que um dos modelos de negócio examinados propõe a separação das áreas do clube e a divisão de porcentagens com o comprador.

“A SAF do Paysandu é R$ 300 milhões. A gente fez o valuation dela junto com uma empresa e deu esses 300 milhões. O futebol, é claro, pois tu desmembra do resto. E aí tem vários modelos de SAF, com o clube tendo 20%, etc.”, concluiu.