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Duas missões, um objetivo: Paysandu trabalha em frentes simultâneas para 2026

Enquanto se recupera da humilhante campanha do time na Série B do Campeonato Brasileiro, o Paysandu atua em duas frentes pensando em 2026. A diretoria do clube, liderada pelo presidente Roger Aguilera, está cuidando da liberação dos jogadores que foram contratados por ele e pelos executivos Felipe Albuquerque e, posteriormente, Carlos Frontini, os quais resultaram no rebaixamento do clube para a Série C.

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Por outro lado, a comissão de futebol, liderada pelo ex-presidente Alberto Maia, trabalha arduamente na formação do time para a próxima temporada. A prioridade é encontrar jogadores no mercado de transferências que atendam às demandas do treinador Júnior Rocha.

O executivo de futebol Marcelo Sant’ana está mantendo os contatos com os atletas desejados. Além disso, ele foi encarregado de indicar o novo técnico do clube. As duas frentes, segundo Maia, são incompatíveis e não se misturam.

Paysandu inicia reestruturação com a chegada do novo executivo de futebol Marcelo Sant’Ana | Divulgação: ascom Paysandu

Cada uma delas assume suas responsabilidades sem interferir nas decisões da outra. Atualmente, a principal dificuldade enfrentada pela diretoria, de acordo com uma fonte, é a falta de recursos financeiros nos cofres do clube para custear as rescisões de contratos com profissionais que não serão necessários para o próximo ano.

Atualmente, o Papão conta com dez jogadores cujos contratos vão até o fim da próxima temporada. Desses, segundo especulações, no máximo três podem permanecer no clube. Os outros já estariam na lista de dispensados. Apesar de ter ficado em quarto lugar no ranking dos clubes com maior faturamento na Série B, o Papão está com a caixa baixa. A razão é simples: o clube gastou muito dinheiro contratando jogadores que não tinham a qualidade necessária para vestir a camisa bicolor e enfrentar uma Série B.

Foto: Matheus Vieira / Paysandu

Para lidar com os tempos difíceis que afligem a Curuzu, a direção do clube, desesperada para impedir que a equipe seja rebaixada para a Terceirona, recorreu à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para antecipar as cotas que só seriam recebidas no ano seguinte.

Portanto, a questão impacta diretamente o trabalho da comissão de futebol, que terá que lidar com desafios nas negociações com os jogadores pretendidos para integrar o novo time bicolor. Mesmo assim, o presidente garantiu a Maia que os salários dos profissionais envolvidos com o futebol bicolor seriam pagos pontualmente.

As expectativas são de que o Papão contrate pelo menos 15 jogadores, que se juntarão aos remanescentes da temporada atual e aos jovens da base, totalizando sete atletas. Considerando a situação financeira atual do clube, a contratação de um jogador de alto nível está fora de cogitação. Apesar da pressão dos torcedores para que o retorno à Série B ocorra rapidamente, Maia e sua equipe mantêm a cautela, negociando apenas com jogadores que se encaixem na realidade financeira do clube.

📷 Matheus Vieira / Paysandu

Neste ano, considerando entradas e saídas, o Paysandu contratou mais de 50 jogadores, sendo que a maioria desse “lote” não tem condições de vestir a camisa do clube, muito menos de disputar a Série B. Como resultado, a frequência de atletas deixando o clube excedeu o normal. Em outras palavras, a comissão de futebol deseja evitar a recorrência do erro na próxima temporada. Os membros do comitê se comprometem a avaliar cuidadosamente as trajetórias dos jogadores, tanto dentro quanto fora de campo, antes de assinarem um contrato com o clube.