Na sua primeira coletiva de imprensa como presidente do Paysandu, Márcio Tuma fez uma promessa para resolver o grande número de ações trabalhistas que o clube enfrenta na justiça em até 90 dias, ele apresentará um plano para lidar com os processos movidos por atletas que exigem salários e indenizações. A entrevista, realizada na Curuzu no final da tarde de segunda-feira (22), marcou o início da gestão interina após a renúncia de Roger Aguilera. O tom foi pragmático, com ênfase na reestruturação financeira e no planejamento esportivo para 2026.
Novo presidente irá manter o comitê de futebol com Alberto Maia e Ícaro Sereni (Jorge Luís Toti/Paysandu)
Tuma, advogado e até então diretor jurídico do clube, não entrou em detalhes sobre a saída do ex-presidente, considerando o assunto como de foro íntimo. No entanto, deixou implícito que a questão está ligada a problemas de saúde na família, referindo-se ao que denominou como prioridades imediatas. De acordo com ele, as dívidas acumuladas e os processos relacionados a questões trabalhistas que o clube enfrenta demandam um plano estruturado, que será divulgado publicamente em três meses.
“Vou me comprometer pessoalmente a, no prazo de 90 dias, apresentar um plano para que a gente veja a melhor maneira de pagar esses débitos”, afirmou
O novo presidente enfatizou sua intenção de preservar a estrutura atual do futebol, Alberto Maia e Ícaro Sereni permanecem no comitê de futebol, que também mantém o modelo de gestão profissional. Segundo Tuma, a montagem do time para 2026 está sendo realizada de dentro para fora, priorizando a consolidação da retaguarda antes da contratação de jogadores. Agora, a tarefa é analisar os jogadores da base para integrá-los ao time profissional.
Márcio Tuma, novo presidente do Paysandu – Crédito: Reprodução/Papão TV
“Não adianta a gente trazer um atleta padrão Série A, se ele chegar aqui e não tiver estrutura quer corresponda ao nível dele, então queremos trazer investimentos em saúde, equipamentos, virar a chave, respeitando tudo o que vem sendo feito pelo Roger, com transparência total”, disse.
Em relação às contratações, o dirigente destacou que a folha de pagamento será “compatível com os recursos” disponíveis e que o clube não buscará soluções imediatistas. “Não é necessário ter o elenco mais extenso do campeonato para ser competitivo”, afirmou, mencionando o caso do Mirassol, ao defender a importância de investir em infraestrutura e critérios na seleção de jogadores. De acordo com ele, o objetivo é evitar apostas em nomes renomados que não ofereçam um rendimento compatível.
Tuma permanecerá no cargo por um ano, até as próximas eleições, e admitiu que o Paysandu está passando por um momento difícil após o rebaixamento e a diminuição das receitas.