Após caso Hélio dos Anjos, Paysandu é cobrado por ex-jogadores Wanderson e Netinho

Ex-atletas cobram parcelas não pagas de acordos firmados em 2024; diretoria tentou renegociar valores, mas negociação travou

O Paysandu vive um início de temporada de 2025 turbulento, e não apenas dentro de campo. Após ser condenado a pagar mais de R$ 2 milhões ao ex-técnico Hélio dos Anjos, o clube agora enfrenta novas cobranças por parte de dois jogadores que fizeram parte do elenco campeão da Copa Verde e do Parazão em 2024.

Wanderson e Netinho, que deixaram o Papão no fim da última temporada, alegam que o clube não cumpriu integralmente os termos dos acordos de rescisão firmados em dezembro. Segundo o advogado da dupla, Guilherme Righetto, apenas três das seis parcelas foram pagas, totalizando um débito atual de aproximadamente R$ 270 mil — sendo R$ 140 mil referentes a Wanderson e R$ 130 mil para Netinho.

Os valores englobam salários atrasados, verbas rescisórias, direitos de imagem e premiações. Apesar de tentativas de diálogo, as negociações acabaram paralisadas após o clube propor que os atletas renunciassem à metade dos valores devidos, proposta prontamente recusada.

“Infelizmente, a diretoria passou a não responder mais nossos contatos. Já houve desculpas diversas, mas agora há silêncio”, declarou o advogado.

❝Não se trata só de dinheiro, mas de respeito com atletas que fizeram história recente no clube❞

– Guilherme Righetto, advogado de Wanderson e Netinho

O Paysandu se pronunciou oficialmente, afirmando que “já havia procurado os jogadores” e que a direção “se empenha para honrar todos os compromissos”. Apesar disso, o impasse segue sem solução definitiva.

Esse não é um caso isolado. Em 2024, o clube também enfrentou uma cobrança milionária do zagueiro Lucas Maia, que exigia R$ 3 milhões. O caso foi encerrado por meio de um acordo, o que também permitiu a quitação de uma antiga dívida com Rafael Lacerda, que se arrastava desde 2014.

Um alerta para o futuro

As dificuldades financeiras e a recorrência de acordos não cumpridos acendem um alerta para a atual gestão bicolor. Enquanto o clube tenta se reestruturar na Série B, fora das quatro linhas a diretoria também precisa dar respostas claras e ações concretas para manter a credibilidade do clube no cenário nacional.