Roger Aguilera desabafou sobre o atual momento do clube e afirmou que o modelo de gestão do time bicolor não dá mais certo (Matheus Vieira/Paysandu)

Nova comissão do Paysandu abre o jogo e revela planos para 2026; veja os detalhes

O Paysandu finalizou a mais fraca campanha de sua trajetória em competições nacionais com o rebaixamento à Série C de 2026. Contudo, a nova comissão composta por Alberto Maia, Márcio Tuma e Ícaro Sereni busca mudar essa situação de imediato.

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De acordo com eles, a proposta é começar um trabalho de acompanhamento diário, reestruturação interna e definição de um projeto de longo prazo que leve o clube de volta à Série B em 2027 e estabeleça fundamentos mais sólidos para os anos seguintes.

Alberto Maia esclarece que o grupo estará envolvido diretamente no futebol profissional: presença constante nos treinamentos, supervisão da intensidade e da preparação física, além do acompanhamento individual dos jogadores.

“A comissão vai trabalhar nesses três pilares”.

Paysandu inicia reestruturação com a chegada do novo executivo de futebol Marcelo Sant’Ana | Divulgação: ascom Paysandu

A contratação de Marcelo Sant’Ana como novo executivo de futebol é vista como um ponto central da reestruturação. Maia ressalta seu passado em clubes com grande torcida.

“Ele fez um belíssimo trabalho por onde passou e é acostumado com grandes torcidas, como Bahia e Vasco. O desafio de começar da Série C para levar o Paysandu à Série B e, futuramente, quem sabe, à Série A, motivou muito ele”, reforça.

Após o rebaixamento, muitos torcedores ameaçaram cancelar o programa Sócio-Torcedor. Maia abordou o tema de forma objetiva. Para ele, a adesão é relevante a qualquer momento.

 “É a atitude mais errada que ele pode fazer. Isso não vai ajudar em nada o clube. Eu sei que a mágoa está grande, mas não tem como voltar no tempo. Às vezes ele pode nem ir ao estádio e já está ganhando com os descontos das empresas parceiras. Dizer que não vai pagar sócio torcedor só prejudica ainda mais.”

Torcida do Paysandu lotou a Curuzu | Jorge Luis Totti, ascom Paysandu

Márcio Tuma destaca que o modelo de trabalho da comissão também deve abranger maior interação com o elenco e com a rotina interna.

“Assim como nós resolvemos questões administrativas de forma interna, assim essa comissão vai trabalhar. Os jogadores terão total autonomia para conversar com a gente sobre o que for possível melhorar.”

Na semana que vem, o Conselho Deliberativo receberá a apresentação do orçamento para 2026. Tuma esclarece que a falta de definição sobre a divisão em que o clube competiria no ano seguinte atrasou a elaboração final do documento.

“Antes havia a dúvida entre Série B ou Série C, o que muda completamente o valor proposto. Mas ele já está finalizado.”

Tuma também compartilha a mesma opinião de Maia em relação ao novo executivo.

“É uma pessoa muito experimentada no futebol brasileiro, de muito crédito no cenário nacional. A expectativa é que consigamos fazer um bom trabalho de captação, não só do treinador, como também de jogadores.”

Ícaro Sereni concorda que mudanças estruturais são necessárias. De acordo com ele, questões simples do cotidiano afetaram o desempenho da equipe em 2025.

 “Às vezes começamos a treinar na Curuzu e terminamos no CT. Isso não pode mais acontecer. O Marcelo está aqui também para nos ajudar a escolher um técnico que nos ajude nesses processos.”

A seleção do treinador será orientada por uma condição fundamental: compreender que o clube está planejando um projeto de longo prazo, com objetivos a serem alcançados até 2028.

“Estamos buscando um técnico que compreenda que o Paysandu vai fazer um projeto de, no mínimo, três anos, até alcançarmos a Série A novamente”.

Durante o processo de reorganização, Tuma enfatizou que a união interna será essencial para reposicionar o clube. De acordo com ele, a inclusão de Alberto Maia e Ícaro Sereni na comissão evidencia precisamente essa convergência.

“Há uma alegria muito grande da diretoria que o Ícaro e o Maia tenham vindo participar desse comitê. Às vezes as pessoas querem montar um ambiente no clube, mas é importante registrar que os grandes bicolores estão unidos aqui, em prol dessa reestruturação, em prol de fazer diferente pelo Paysandu.”