A vinda de Claudinei Oliveira para o Paysandu gerou muitas expectativas. Reconhecido por seu estilo conservador e foco na organização defensiva, o técnico já dirigiu clubes como Avaí, Sport, Vitória e Goiás. Seu currículo não apresenta grandes conquistas, mas sim um aspecto que geralmente atrai clubes em períodos de crise: estabilidade tática e domínio do vestiário.

Contudo, ao analisar o desempenho recente do Paysandu sob sua liderança, surge a dúvida se Claudinei é realmente a pessoa adequada para guiar a equipe rumo aos objetivos estabelecidos para a temporada, especialmente o tão almejado acesso à Série B.

Em diversas partidas, o Papão exibe um time com problemas para criar jogadas e com pouca audácia no ataque. A previsibilidade no ataque e a cautela excessiva, características marcantes de Claudinei, ocasionalmente fazem a equipe parecer acomodada, mesmo em momentos que demandam protagonismo. Em competições de curta duração ou eliminatórias, isso pode ser prejudicial.

Por outro lado, é inegável que Claudinei conferiu uma certa estabilidade à defesa. A equipe raramente se expõe de forma ingênua e, no que diz respeito à compactação, há uma evolução perceptível. O problema é que isso, por si só, não é suficiente para quem precisa conquistar pontos, entusiasmar os torcedores e se destacar em um ambiente cada vez mais competitivo.
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