Ao contrário do final de 2024, quando o Paysandu contratou um grande número de jogadores para montar seu elenco com foco no ano seguinte, a diretoria bicolor tem sido cautelosa nas contratações para 2026. Até a última sexta-feira, o Papão havia contratado apenas quatro jogadores, com a promessa de divulgar mais três profissionais. Além da quantidade limitada de jogadores, todos eles têm perfil de Série C do Campeonato Brasileiro, divisão na qual o time foi rebaixado.

Assim, a atitude é bastante diferente da tomada pelo ex-presidente Roger Aguilera, que se arrogou em contratar jogadores com salários elevados. A saber, o maior deles, concedido ao atacante Rossi, que ganhava mais de R$ 200 mil.
Além da contratação de um número reduzido de atletas e análise dos currículos de cada um, a nova direção do futebol do Paysandu também escolheu uma comissão técnica de custo reduzido, mas com eficácia comprovada na disputa da Terceirona do Nacional. Apenas dois profissionais da antiga comissão foram aproveitados.
O auxiliar-técnico permanente do clube, Ignácio Neto, e o preparador de goleiros, Ronaldo Willis, são os dois. O grupo conta com mais quatro integrantes: o treinador Júnior Rocha, o assistente Elton Macaé, o preparador físico Léo Cupertino e o preparador de goleiros Emerson Conceição. Todos eles já estão empregados na Curuzu.

A política de cautela implementada pelo clube está relacionada à necessidade de conviver com uma fonte de receita significativamente menor em 2026 do que a que existia antes da queda do time para a Série C. Portanto, além da drástica queda na receita, cerca de R$ 12 milhões, a nova gestão do clube ainda enfrenta uma série de processos trabalhistas movidos por ex-atletas do time.
As reclamações na Justiça do Trabalho atingiriam, hoje, aproximadamente R$ 14 milhões. No entanto, de acordo com advogados especializados no assunto, isso não implica que o clube precisará desembolsar toda essa quantia.
Em outras palavras, mesmo com um caixa baixo e diversos compromissos a cumprir, a principal preocupação da atual gestão bicolor é garantir que os membros do elenco recebam seus salários pontualmente. Além disso, dos colaboradores do clube. A questão está diretamente ligada ao valor da folha salarial do clube, especialmente à parte referente ao elenco.

O ex-presidente Alberto Maia demonstrou seu compromisso com a questão desde que começou a fazer parte do comitê de futebol bicolor. Posteriormente, ele se tornou diretor do setor, tendo Ícaro Sereni como seu adjunto. “É possível oferecer recompensas por partida ou por metas atingidas, mas nada disso faz sentido se o salário e a reputação não estiverem em ordem”, declarou o dirigente.
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