Conforme o Boletim Financeiro da partida, o Paysandu conseguiu levar 13.935 bicolores à Curuzu, sendo 12.025 pagantes. (Igor Mota / O Liberal)

Despedida morna na Curuzu: Paysandu cumpre tabela por enquanto Amazonas luta para sobreviver

A Curuzu abre os portões nesta sexta-feira (14), às 20h, para uma partida que não tem mais importância para o Paysandu. Rebaixado com três rodadas de antecedência, o Papão enfrenta um final de temporada caracterizado pelo silêncio dos jogadores, arquibancadas vazias e um clima de apatia, em contraste com a urgência do visitante. Nem o torcedor bicolor aparenta estar mais disposto a protestar. Enquanto a equipe paraense apenas cumpre tabela, o Amazonas chega a Belém em estado de desespero.

Torcida do Paysandu lotou a Curuzu | Jorge Luis Totti, ascom Paysandu

A Onça-Pintada ainda está viva na luta contra o rebaixamento, mas depende de aparelhos. Com 35 pontos, ocupa a 18ª posição, cinco pontos atrás da Ferroviária, primeira equipe fora do Z4, e um ponto à frente do Volta Redonda. Para permanecer na Série B, precisa ganhar e contar com resultados adversos de outros times; é uma situação improvável, mas ainda viável. Há um aviso simbólico para o futebol do Norte: se o Remo garantir o acesso e o Amazonas rebaixar, a região pode ficar sem representantes na divisão novamente em 2026.

Papão e Onça Pintada fazem um clássico regional da Série B. (Jorge Luís Totti/Paysandu)

Para o Paysandu, o jogo representa mais um episódio de um campeonato que se prolongou até o desfecho amargo, previsto há várias rodadas. Lanterna da competição com 27 pontos, o Papão busca aproveitar as duas partidas finais para, ao menos, experimentar variações e avaliar jogadores que podem integrar o elenco de 2026. Ignácio Neto, treinador interino, pretende fazer ajustes táticos e deve preservar a formação da equipe que jogou contra o Coritiba.

Foto: João Normando / Amazonas FC

Matheus Nogueira, ainda em fase de recuperação após o protocolo de concussão, pode retornar ao gol. Edilson, que está novamente disponível, pode reassumir a posição de lateral-direita. No restante, a formação é parecida, com Quintana e Novillo como dupla de zaga, e um meio-campo que busca trazer alguma cadência a uma equipe que, nas últimas rodadas, perdeu ainda mais competitividade.

No Amazonas, o técnico Aderbal Lana, o mais experiente em atividade no país, conta com o retorno de Léo Coelho e Diego Torres, que estiveram suspensos na rodada passada. Eles fortalecem um time pressionado, porém capaz de equilibrar jogos graças à atuação do trio Henrique Almeida, Kevin Ramírez e Diego Torres no ataque.