Em meio à crise, Paysandu enfrenta o Avaí tentando encerrar Série B com dignidade

Em clima de despedida da Série B, o Paysandu joga hoje, às 18h30 (horário de Brasília), no Estádio da Curuzu, contra o Avaí, em partida válida pela 34ª rodada do torneio. As duas equipes em estágios diferentes, mas igualmente afastadas de suas metas na temporada.

No lado bicolor, a palavra esperança parece mais uma formalidade do que um sentimento genuíno. Com apenas 27 pontos e na última posição da Série B, o Papão vê o rebaixamento como algo inevitável. As probabilidades matemáticas de rebaixamento excedem 99,5%, e o clima na Curuzu reflete o peso de uma temporada marcada por desempenhos ruins, desmanches no elenco e falta de estabilidade interna e externa.

Nem o treinador Márcio Fernandes tenta sustentar o discurso de reação que apresentou ao assumir a equipe. Os desfalques e a falta de motivação aumentam ainda mais a dificuldade do desafio. O time perdeu Garcez, que era o principal ou quase único responsável pelas jogadas ofensivas, devido a questões contratuais, pois ele pertence ao Avaí. Diogo Oliveira, outro jogador importante, permanece no departamento médico e é pouco provável que retorne a campo ainda este ano. Na defesa, o jovem Lucão deve assumir a titularidade, substituindo os contundidos Thiago Heleno e Maurício Antônio.

Enquanto o Paysandu busca concluir a Série B de maneira digna ou menos vexatória, o Avaí apenas cumpre os últimos jogos. O time de Santa Catarina, que chegou a estar entre os quatro primeiros, enfrentou uma série de dificuldades fora de campo, como salários em atraso, e ficou estagnado no meio da tabela. Atualmente, está na 11ª colocação, com 45 pontos. Sem riscos e sem possibilidade de acesso, o Leão da Ilha procura apenas finalizar o torneio com consistência.

Ainda que sem grandes expectativas, a torcida bicolor promete manifestações caso a equipe sofra mais uma derrota em casa. Para o torcedor bicolor, o jogo na Curuzu representa mais um episódio de um ano desafiador, em que o orgulho pela camisa contrasta com a situação de um time desestruturado e que já está pensando em 2026, ano em que precisará reiniciar na Série C, a menos que ocorra um milagre nas últimas rodadas.