Paysandu pode sofrer punição da FIFA; entenda o motivo

Roger Aguilera é o atual presidente do Lobo - Crédito: Matheus Vieira
Roger Aguilera é o atual presidente do Lobo - Crédito: Matheus Vieira

O conceito de Transferban é uma penalidade imposta pela FIFA que impede um clube de inscrever novos atletas por um período específico. Esta penalidade é comumente aplicada quando há violação das regras definidas pela entidade máxima do futebol mundial. Em tal cenário, débitos com atletas, clubes ou representantes, infrações contratuais ou movimentações ilegais, especialmente com jogadores menores de idade, podem resultar em penalidade.

Em termos práticos, o clube penalizado pode contratar jogadores durante o período de suspensão, mas não tem permissão para inscrevê-los em competições oficiais. Isso impacta diretamente o planejamento do time, influenciando tanto o rendimento esportivo quanto a administração financeira do grupo.

O presidente do Paysandu, Roger Aguilera (à esquerda) conversando com o técnico Luizinho Lopes (à direita) (Matheus Vieira/Paysandu)
O presidente do Paysandu, Roger Aguilera (à esquerda) conversando com o técnico Luizinho Lopes (à direita) (Matheus Vieira/Paysandu)

A ação visa pressionar os clubes a resolverem questões pendentes e assegurar a observância das normas do mercado de transferências internacionais. Neste contexto, o Paysandu se encontra perto de uma penalidade, devido a uma dívida contraída com o Torreense, de Portugal, em 2024.

O Paysandu comprou 50% dos direitos econômicos do atleta Keffel , desembolsando inicialmente cerca de 50 mil euros, o equivalente a cerca de R$ 304 mil na época. No entanto, o acordo estipulava um acréscimo no montante a ser pago se o clube paraense se mantivesse na Série B do Campeonato Brasileiro em 2024, o que se concretizou. Assim, o valor subiu para 129 mil euros, aproximadamente R$ 730 mil.

Keffel atuou em apenas 45 minutos pelo Paysandu | Jorge Luís Totti / Paysandu

Portanto, um montante adicional de 70 mil euros (cerca de R$ 426 mil) deveria ter sido pago até 30 dias após a partida que assegurou a continuidade na Série B do ano anterior.

Além do alto preço na aquisição, o acordo estipulava o repasse de R$ 118 mil a Keffel, relativos a bonificações. Até o final de 2017, o clube já tinha pago R$ 94 mil.

Muitos fãs do Paysandu podem se questionar e poucos se recordarão. No final das contas, o lateral-esquerdo Keffel, atualmente no Portimonense-POR, jogou apenas uma vez com a camisa do Paysandu. Para uma precisão maior: 45 minutos.