Foto: Bruno Corsino

Paysandu vai ter ‘rombo milionário’ com a queda para a Série C

O Paysandu está passando por um momento difícil, tanto dentro quanto fora de campo. Faltando apenas dois meses para o encerramento da temporada, o clube enfrenta uma crise financeira séria, sem dinheiro em caixa para pagar as rescisões de jogadores que não fazem mais parte do planejamento para 2026. E, com a confirmação do rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro, a situação deve ficar ainda mais complicada.

Atlético-GO x Paysandu no Estádio Antonio Accioly pela Série B Isabela Azine/ Agif/Gazeta Press

A diferença entre os valores das cotas da Série B e da Série C é enorme. Em 2025, os times da Série B receberam até R$ 11,5 milhões, dependendo dos acordos feitos entre os grupos Liga Forte União (LFU) e Libra. Além disso, há bônus extras que são pagos ao final da competição, de acordo com a colocação final dos clubes.

Roger Aguilera (Matheus Vieira/Paysandu)

É importante mencionar que há relatos de que o Papão pediu à CBF a antecipação de cotas de competições do ano seguinte, incluindo a Copa do Brasil, o que pode agravar ainda mais a situação financeira futura. Por outro lado, na Série C, a situação é totalmente distinta, e isso pode gerar um impacto ainda mais significativo nos cofres do Papão.

Foto: Mauro Ângelo/Diário do Pará

A CBF repassa a cada clube aproximadamente R$ 1,2 milhão em cota fixa, os que chegam à fase quadrangular final recebem um bônus de cerca de R$ 312,5 mil, somando R$ 1,5 milhão quase dez vezes menos do que o montante concedido na Série B. No entanto, uma queda de divisão não afeta somente as cotas de televisão e prêmios.

Além da queda na bilheteria e no número de sócios-torcedores, reflexos diretos da menor atratividade técnica da competição, o Paysandu também deve enfrentar uma redução nas receitas de patrocínio devido à menor visibilidade da Série C. A crise financeira acontece durante uma temporada agitada.