Mais de um mês após ter sido punido com o transfer ban pela Fifa, o Paysandu segue impedido de registrar novos jogadores por conta de uma dívida com o Torreense, de Portugal. Em entrevista exclusiva à Rádio Liberal + nesta quarta-feira (6), o presidente do clube, Roger Aguilera, afirmou que não irá quitar a pendência neste momento. Segundo ele, a prioridade do momento é garantir o pagamento da folha salarial do elenco.
“Nossa prioridade é sempre pagar todos os deveres, mas hoje minha obrigação maior é pagar a folha, então eu estou correndo atrás”, disse Aguilera. “Quero pagar, vou pagar, mas agora não está tão simples essa situação, me comprometi a pagar a folha com os atletas”, disse.
Roger Aguilera – Crédito: Jorge Luís Totti/Paysandu
A punição da FIFA foi imposta no dia 30 de junho de 2025. Naquele momento, Aguilera informou à TV Cultura que metade da dívida já havia sido paga e que o restante seria pago na semana seguinte. No entanto, até o momento, a promessa não foi realizada. Dessa forma, o clube paraense continua na lista da entidade máxima do futebol, junto com o Colorado-PR (masculino) e o Real Brasília-DF (feminino).
Apesar do bom momento, Aguilera destacou que não há expectativa para a quitação do transfer ban.
“Como vou pagar transfer ban se tenho que pagar dois milhões e pouco de folha? São coisas internas do clube, que não posso estar falando”, afirmou. “Nós já pagamos mais de 10 milhões de reais de dívidas do ano passado pra cá, isso compromete 100% nosso cronograma financeiro”, disse.
“Hoje o que entra no Paysandu de receita, com a nossa despesa, não fecha a conta. O negócio não está muito fácil, mas com habilidade e conseguindo ter outras receitas, ou até antecipando outras receitas, vamos tentar equilibrar”, disse o presidente bicolor.