De promessa a despedida amarga: Rossi deixa o Paysandu pela porta dos fundos

O Paysandu anunciou o atacante Rossi como a principal aquisição do ano no dia 6 de janeiro de 2025. O atacante paraense, originário de Prainha, na região do Baixo Amazonas, afirmou ao chegar que jogar no Papão representa a concretização de um sonho de infância, pois ele é torcedor do time alviceleste. Contudo, dez meses depois de ter sido contratado, o Búfalo deixará o clube do coração. Apesar de ter tido um bom começo, uma série de lesões prejudicou sua permanência na Curuzu.

A trajetória de Rossi no Paysandu começou como os torcedores esperavam: com muita dedicação em campo, marcando gols e fazendo assistências, especialmente durante o Campeonato Paraense e a Copa Verde. No campeonato estadual, o atacante se destacou como um dos principais goleadores e foi selecionado para a equipe do torneio, enquanto o Lobo conquistou o segundo lugar.

Na Copa Verde, o Búfalo teve um papel crucial na conquista do torneio pela quinta vez, fornecendo assistência para o gol do saudoso Matias Cavalleri, que também deixou o clube sem deixar saudades. A decisão contra o Goiás foi levada para os pênaltis, e os bicolores saíram vitoriosos.

Rossi desempenhou um papel significativo tanto em campo quanto em questões extracampo durante esse período. O jogador foi um dos mais ativos no envolvimento dos torcedores na arrecadação de fundos para as obras do Centro de Treinamento do clube, sendo frequentemente visto acompanhando o progresso da construção.

Além disso, foi o jogador que mais exigiu da diretoria melhorias nas condições de trabalho, como as severas críticas ao gramado da Curuzu durante a partida de ida das oitavas de final da Copa Verde contra o Porto Velho. A cobrança teve resultado, pois, a partir desse momento, começaram as ações para aprimorar o palco do Vovô da Cidade. Percebia-se que o atleta estava correspondendo à expectativa gerada nele.

No entanto, durante o principal torneio do ano, o Campeonato Brasileiro da Série B, Rossi decepcionou tanto os torcedores quanto a si mesmo, acredita-se. Em 32 rodadas da Segundona, o atacante foi titular em somente 13 partidas e anotou apenas dois gols, quantidade inferior aos artilheiros da equipe, Diogo Oliveira (seis) e Garcez (seis), dupla que se juntou ao time após a 11ª rodada. E agora, com o clube prestes a sofrer o quarto rebaixamento desde 2006, o jogador está em negociação para rescindir seu contrato antes mesmo do término da competição.