Embora tenha vencido no tempo regulamentar, o Paysandu foi derrotado na disputa por pênaltis, cedendo o título de Campeão Paraense ao Clube do Remo. Depois do embate épico, o treinador Luizinho Lopes não conseguiu esconder o seu pesar após a última cobrança de Reynaldo, que liberou o remo de uma espera de três anos.
Crédito: Jorge Luís Totti/Paysandu
“Neste momento, a tristeza é profunda. Para quem sente o jogo e vive o Re-Pa como nós sentimos, é impossível não viver isso intensamente. Quem ama futebol, como eu amo, se não sofrer ao perder como perdemos, é porque não tem sentimento. A minha tristeza não é de abatimento — é por não ter conseguido ser campeão com o Paysandu”, disse.
Lopes observou uma equipe estruturada, tecnicamente superior, com maior domínio da bola e oportunidades geradas. Devido a todas essas características, ele sentiu uma derrota que, segundo ele, não correspondia à realidade do jogo.
Luizinho Lopes (Foto: Jorge Luís Totti)
“O Paysandu fez um grande jogo. Fez dois grandes jogos, na verdade. Mas o que mais me impressionou foi a torcida, desde o primeiro momento. Futebol, quando bate, bate pesado. E a torcida aplaudiu no final — isso é muito valioso, porque viram a garra dos jogadores, sentiram nossa dignidade em campo. No fim, restou a honra, pois entregamos tudo”, garantiu.
A partir de agora, a atenção do treinador se volta para a sequência da Série B, onde a equipe enfrenta dificuldades e precisa evoluir, começando já no jogo contra o América-MG, na quarta-feira (14).
Luizinho Lopes em coletiva – Reprodução/YouTube Papão TV
“Não faltou paixão, intensidade e entrega. No fim, não fomos campeões, mas temos um trabalho muito grande pela frente na Série B: recuperar jogadores, contar com outros que estiveram com a gente em tempo recorde. Vamos seguir o trabalho, porque na Série B, cada jogo é uma final”, encerra.