Vandick Lima, ex-jogador e ex-presidente do Paysandu, começou sua sétima passagem pelo clube bicolor, agora como gerente de futebol. Ele foi oficialmente apresentado e compartilhou seus planos e desafios para a temporada de 2026, que terá como foco principal a disputa da Série C.
Ex-jogador falou sobre os erros e desafios para 2026 (Matheus Vieira / Paysandu)
Vandick comandou o Papão de 2013 a 2014 e enfrentou uma situação parecida com a atual, após ser rebaixado para a terceira divisão em 2013, ele liderou o clube de volta à Série B no ano seguinte. Durante a coletiva, enfatizou que pretende retomar o modelo de trabalho daquele período.
“Eu vou procurar fazer o que fizemos em 2014. Tivemos o descenso em 2013, mas no ano seguinte corrigimos algumas coisas e conseguimos o acesso. Uma semelhança entre aquele momento e o atual é que a diretoria está buscando equalizar todos os débitos para iniciar 2026 sem pendências com atletas e funcionários, e assim começarmos o ano com tranquilidade”, afirmou.
Ele enfatizou que a organização financeira é fundamental para a reestruturação da próxima temporada, o dirigente também enfatizou a importância de investir na infraestrutura do clube.
“Na parte estrutural, estamos avaliando o que pode ser melhorado no CT para que o Paysandu volte a treinar lá. A Curuzu deve ficar apenas para os jogos, e eventualmente um treino ou outro. O ideal é retornar ao CT, mas melhorias precisam ser feitas e estamos trabalhando nisso”, explicou.
Vandick estará no grupo que vai comandar o futebol do Papão para 2026 – Foto: Jorge Luis Totti/PSC
Vandick também falou sobre os equívocos da gestão anterior, ele se absteve de atribuir culpa a indivíduos específicos e enfatizou que a responsabilidade é coletiva. Apesar da situação delicada, acredita que o clube possui potencial para crescer, pois as falhas foram identificadas e ações estão sendo implementadas.
“Quando a coisa não vai bem, todo mundo é culpado. Quando fui presidente, assumi a responsabilidade pelo rebaixamento, mas sabia que não era o único culpado. Todos os envolvidos têm sua parcela de responsabilidade. O importante é que os erros foram reconhecidos e vamos fazer diferente no próximo ano”, disse.
Na coletiva, o novo gerente de futebol explicou suas responsabilidades: estará presente no cotidiano do clube, acompanhará viagens, treinos e vestiário, além de atuar como intermediário entre o elenco e a diretoria.
Foto: Arquivo / Paysandu SC
“Como já passei pelas funções de presidente e atleta, sei o que pode ser dado e pedido, e vou filtrar isso. Meu foco é oferecer a melhor condição de trabalho para comissão técnica e atletas”, afirmou.
Ele chega ao clube como parte do novo projeto denominado comissão de futebol, sob a liderança de Alberto Maia, antigo presidente do Paysandu. Vandick enfatizou que o momento demanda colaboração e muito esforço.
Um dos propósitos para os próximos anos é aprimorar a formação de atletas, de acordo com o dirigente, o Paysandu deve incluir aproximadamente cinco a seis jogadores da base no time principal em 2026.
“No próximo ano, teremos entre cinco e seis atletas formados no clube. Vou dar atenção especial aos garotos, acompanhar treinamentos e jogos, porque o Paysandu precisa formar jogadores. Não adianta montar um time e, no fim do ano, o atleta sair valorizado sem retorno para o clube. O Paysandu não pode pensar só em ganhar títulos; tem que formar jogadores para gerar receita e melhorar nossa estrutura”, concluiu.